Cristianismo
Cristianismo (do grego Xριστός, "Christós", messias, ungido, do heb. משיח" Mashiach") é uma religião abraâmica monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor. A religião cristã tem três vertentes principais: o Catolicismo Romano (subordinado ao bispo romano), a Ortodoxa Oriental (se dividiu da Igreja Católica em 1054 após o Grande Cisma) e o protestantismo (que surgiu durante a Reforma do século XVI). O protestantismo é dividido em grupos menores chamados de denominações. Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se tornou homem e o Salvador da humanidade, morrendo pelos pecados do mundo. Geralmente, os cristãos se referem a Jesus como o Cristo ou o Messias.
Os seguidores do cristianismo, conhecidos como cristãos, acreditam que Jesus seja o Messias profetizou na Bíblia Hebraica (a parte das escrituras comum tanto ao cristianismo quanto ao judaísmo). A teologia cristã ortodoxa alega que Jesus teria sofrido, morrido e ressuscitado para abrir o caminho para o céu aos humanos; Os cristãos acreditam que Jesus teria ascendido aos céus, e a maior parte das denominações ensina que Jesus irá retornar para julgar todos os seres humanos, vivos e mortos, e conceder a imortalidade aos seus seguidores. Jesus também é considerado para os cristãos como modelo de uma vida virtuosa, e tanto como o revelador quanto a encarnação de Deus.
Os cristãos chamam a mensagem de Jesus Cristo de Evangelho ("Boas Novas"), e por isto referem-se aos primeiros relatos de seu ministério como evangelhos. O cristianismo se iniciou como uma seita judaica e, como tal, da mesma maneira que o próprio judaísmo ou o islamismo, é classificada como uma religião abraâmica. Após se originar no Mediterrâneo Oriental, rapidamente se expandiu em abrangência e influência, ao longo de poucas décadas; no século IV já havia se tornado a religião dominante no Império Romano. Durante a Idade Média a maior parte da Europa foi cristianizada, e os cristãos também seguiram sendo uma significante minoria religiosa no Oriente Médio, Norte da África e em partes da Índia. Depois da Era das Descobertas, através de trabalho missionário e da colonização, o cristianismo se espalhou para a América e pelo resto do mundo.
O cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização ocidental pelo menos desde o século IV.
No início do século XXI o cristianismo conta com entre 2,3 bilhões de fiéis, representando cerca de um quarto a um terço da população mundial, e é uma das maiores religiões do mundo. O cristianismo também é a religião de Estado de diversos países.
Principais crenças
O Sermão da Montanha por Carl Heinrich Bloch, pintor dinamarquês, d. 1890. |
Embora existam diferenças entre os cristãos sobre a
forma como interpretam certos aspectos da sua mitologia
também possível apresentar um conjunto de crenças
que são partilhadas pela maioria deles.
Monoteísmo
Grande parte das vertentes cristãs herdaram do judaísmo
a crença na existência de um único Deus, criador do
universo e que pode intervir sobre ele. Os seus atributos
mais importantes são por isso a onipotência, a
onipresença e onisciência. Os teólogos do chamado
Teísmo aberto discutem a atribuição destes atributos (ou
parte deles) a Deus. Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido
várias vezes ao longo do Novo Testamento, é o amor:
Deus ama todas as pessoas e essas podem estabelecer
uma relação pessoal com Ele através da oração.
A maioria das denominações cristãs professa crer na
Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que
existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo
judaico visto que no judaísmo não existem três
pessoas da Divindade, há apenas um único Deus, e o
Messias que virá será um homem, descendente do rei
Davi.
Jesus
Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos reconhecem a
importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os
quais salientam o amor a Deus e ao próximo, e consideram
a sua vida como um exemplo a seguir. O cristianismo
reconhece Jesus como o Filho de Deus que veio à
Terra libertar e salvar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, embora variem
entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se
dará. Para a maioria dos cristãos, Jesus é completamente
divino e completamente humano.
Há no entanto, uma recorrente discussão sobre a divindade
de Jesus. Aqueles que questionam a divindade de
Cristo argumentam que ele jamais teria afirmado isso
expressamente. Os que defendem a divindade
de Cristo, por sua vez, valem-se de versículos que,
através da postura de Jesus e dentro do próprio contexto
cultural judaico da época, deixariam clara
sua condição divina.
A salvação
O cristianismo acredita que a fé em Jesus Cristo proporciona
aos seres humanos a salvação e a vida eterna. «Pois
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.» (João 3:16)
A vida depois da morte
A Crucificação de Jesus. |
As visões sobre o que acontece após a morte dentro do
Cristianismo variam entre as denominações. A Igreja Católica
considera a existência do céu, para onde vão os
justos, do inferno, para onde vão os pecadores que não
se arrependeram, e do purgatório, que é um estágio de
purificação, mas não um terceiro lugar, para os pecadores
que morreram em estado de Graça, ou seja, já estão
salvos e esperando um tempo indeterminado para ir para
o céu. As igrejas orientais, bem como algumas igrejas
protestantes, consideram a existência apenas do céu e do
inferno. Dentro do Protestantismo, a maior parte das denominações
acredita que os mortos serão ressuscitados
no Juízo Final, quando então serão julgados, sendo que
os pecadores serão definitivamente mortos e os justos viverão
junto a Cristo na imortalidade. Já as denominações
do Cristianismo Esotérico são reencarnacionistas e ponderam
que nenhum homem é totalmente bom nem totalmente
mau, e após a morte sofrerão as consequências do
bem e do mal que tenham praticado em vida, atingindo a
perfeição com as sucessivas encarnações.
Fonte: Wikipédia a enciclopédia livre
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